
Brasil tem 300 mil pessoas com a síndrome de Down
Brasil tem 300 mil pessoas com a síndrome de Down
Artigo atualizado em…
Inclusive, este conteúdo é perfeito para você de…
Cerca de 300 mil brasileiros nascem com a síndrome de Down, segundo o IBGE. Olhos puxados, rebaixamento do osso do nariz entre os olhos, dobra nas orelhas, pescoço baixo, pés e mãos pequenos são alguns dos indicativos mais facilmente percebidos. Mas você sabe o que faz alguém ter Down?
A resposta está no DNA. A população, em geral, tem 46 cromossomos divididos em 23 pares. Metade vem da mãe, metade do pai. Muitas vezes – mais especificamente uma vez a cada mil, mais ou menos, segundo a Organização Mundial de Saúde – a formação do par 21 vem com um “erro”, e em vez de um par, são herdados três cromossomos.
Essa trissomia começa a ser reproduzida em todas as células do feto a partir de então, e é assim que essa síndrome se consolida no indivíduo. Na dúvida, é válido fazer um exame que “fotografa” os cromossomos de algumas células. O nome dele é cariótipo. Outros tipos de mapeamento genético também são capazes de apontar a trissomia.
Muitas crianças com Down não chegam a nascer. A gravidez é espontaneamente abortada por complicações em órgãos vitais, como coração e rins causadas pela ação dos genes “em excesso”. As que completam a gestação e nascem vivas podem, com certa frequência, apresentar cardiopatias, má-formação renal, perda relativa de visão e audição, infecções de ouvido, menos tônus muscular (hipotonia) e baixa estatura, por exemplo.
A trissomia não se mostra apenas em características físicas. Ela também afeta a formação do cérebro. De maneira geral, o quociente de inteligência é mais baixo do que o das pessoas da mesma idade, e a aprendizagem é mais eficaz quando são elaboradas frases simples. Crianças com Down também falam um pouco mais devagar que as demais.
De acordo com a Global Down Syndrome Foundation (Fundação Global da Síndrome de Down), o cromossomo extra no par 21 é o transtorno cromossômico mais frequente no mundo e a maior causa de atraso intelectual e de desenvolvimento.
21 de março marca, no mundo inteiro, o dia da conscientização sobre a síndrome de Down. Neste dia, é fundamental promover a conscientização sobre a Síndrome de Down e lutar contra o estigma e a discriminação.
Fatos e mitos
Mito: Apenas pais mais velhos têm criança com Down
Fato: Mulheres que têm filho após os 35 têm de fato mais chance de ter um bebê afetado. Contudo, pesquisa do Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos EUA (CDC) mostra que 80% dos bebês com Down nasceram de mulheres com menos de 35, porque há, naturalmente, mais nascimentos entre as mais jovens.
Mito: Pessoas com Down morrem jovens
Fato: A expectativa de vida depende do acesso ao sistema de saúde, assim como a população em geral. A título de exemplo, uma pessoa com Down vive em média 60 anos nos Estados Unidos. Mas se ela for afrodescendente, essa média cai para 35. De acordo com o estudo “The four ages of Down Syndrome”, nas duas últimas gerações a expectativa de vida subiu de 12 para 60 anos.
Mito: Pessoas com Down não podem ler nem escrever, por isso não deveriam estar em escolas convencionais.
Fato: As crianças com Down matriculadas na rede de ensino convencional precisam de adaptações curriculares e atendimento personalizado, mas a convivência com as demais melhora o desempenho acadêmico da turma e, antes de tudo, é direito garantido àquelas. A maioria das crianças com Down conseguem ler e escrever. Um programa que combina treinamento dos professores, expectativa alta sobre os alunos e avaliações formais sobre o progresso dos alunos tem mais chance de dar certo.
Mito: Todas as pessoas com Down têm sobrepeso
Fato: Nem todas. No entanto, estudos sugerem que a tireóide e o baixo metabolismo contribuem para a obesidade em pessoas com a síndrome. É preciso fazer o ganho calórico ser menor ou igual ao gasto.
Mito: Todas as pessoas com Down terão mal de Alzeheimer
Fato: Numerosos estudos apontam que os cérebros de todas as pessoas com Down têm as placas do amyloid e os emaranhados de neurofibrillary relacionados ao mal de Alzeheirmer. Contudo, nem todos vão desenvolver os sintomas. Um estudo de 1989 atestou que de 20% a 50% das pessoas com a síndrome desenvolveriam a doença antes dos 50 anos de idade.
*De acordo com a Global Down Syndrome Foundation
Fotos: Movimento Down
Avalie a notícia – Brasil tem 300 mil pessoas com a síndrome de Down
A sua opinião é fundamental para nós da Kintê Notícias: ao clicar no ícone de “curtir” abaixo, você nos ajuda a entender o valor deste conteúdo para você. Caso tenha sugestões ou críticas, não hesite em compartilhá-las. Sua interação direta é a chave para refinarmos continuamente nossos recursos e garantirmos que estamos atendendo às suas expectativas e necessidades.