Carapicuíba City: curta-metragem produzido na periferia valoriza cultura local e aposta no rap como caminho de transformação

Na quebrada de Carapicuíba, nasce Carapicuíba City, um curta-metragem que transforma rima em resistência e faz da arte a arma de um jovem para fugir do ciclo da violência e da exclusão. Com produção 100% local e espírito coletivo, o filme mostra que a periferia não só sobrevive — ela cria, sonha e transforma.

A periferia de Carapicuíba é o ponto de partida para Carapicuíba City, curta-metragem independente que traz como protagonista Parafuso, um jovem que encontra no rap uma possibilidade de romper com o ciclo de exclusão social e projetar novos horizontes. O filme está em fase de produção e foi contemplado com recursos da Lei Aldir Blanc.

A história acompanha Parafuso em sua jornada por meio das batalhas de rima, enfrentando a realidade do território onde vive, mas também se reinventando a partir da arte e da expressão cultural. O enredo destaca a força criativa da juventude periférica e sua capacidade de construir novos caminhos a partir da própria vivência.

Com roteiro e direção geral de Wallace Nunes e direção de Osni Dias, a obra é inteiramente realizada por moradores da cidade, reunindo uma equipe formada por artistas independentes e técnicos locais. A proposta é valorizar a cultura periférica e promover representatividade a partir de uma narrativa que nasce das ruas e fala diretamente sobre os desafios e potências da juventude negra e das quebradas.

Wallace Nunes divide a produção com Angel Lira. A direção de arte é de Cris Ferreira; a assistência de direção, de Stefani Almeida Cavalcante; a fotografia fica a cargo de Marcos Souza e Suellen Gonçalves. O elenco é coordenado por Thais Zampirolo, com produção executiva de Vanessa Souza e comunicação de Ketury Lira.

Mais do que uma produção audiovisual, Carapicuíba City é uma afirmação da potência cultural das periferias e um espaço de valorização de talentos locais. A expectativa da equipe é que o filme circule em festivais e mostras culturais, ampliando o alcance das vozes que emergem das bordas da cidade.