Brasil tem mais de 3,8 mil cidades em situação de seca

Brasil tem mais de 3,8 mil cidades em situação de seca

O Brasil enfrenta a maior seca já vista na sua história recente, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). Pela primeira vez, a estiagem afeta o país de forma generalizada, por toda a sua extensão. A única exceção é o Rio Grande do Sul.

A seca mais severa havia sido registrada em 2015. Atualmente, falta de chuva e os severos impactos na vegetação atingem uma área muito maior que a registrada há quase 10 anos.

O cenário hoje: 

  • Cidades isoladas no Norte do país por conta dos rios que secaram, impedindo a navegação;
  • Fogo espalhado por todas as regiões, sufocando a população com a fumaça e causando problemas respiratórios;
  • Rios em níveis tão baixos, que fez com que o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), que controla o abastecimento de energia no país, anunciasse a ativação de termelétricas para suprir a demanda.

Os especialistas explicam a causa de toda essa seca é multifatorial e leva em consideração alguns pontos:

El Niño: o fenômeno, que aquece o Oceano Pacífico, contribuiu para a elevação das temperaturas no país e mudou os padrões de chuva.

Bloqueios atmosféricos: A expectativa era que o El Niño acabasse e a seca terminasse em abril deste ano, o que não aconteceu. Isso porque bloqueios atmosféricos impediram que as frentes frias avançassem pelo país, deixando a chuva abaixo da média em quase todo o mapa, com exceção do Rio Grande do Sul.

Aquecimento do Atlântico Tropical Norte: Nos últimos meses, o Oceano Atlântico Tropical Norte está mais quente do que o normal, o que tem contribuído para as mudanças nos padrões de chuva pelo país, prolongando a seca iniciada em 2023.

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