Coletivo Em Frente, sediado em Taboão da Serra, relata que faixas de natureza política interferem atividades culturais no CEMUR

Coletivo Em Frente, sediado em Taboão da Serra, relata que faixas de natureza política interferem atividades culturais no CEMUR

Nesta terça-feira , 2, o @coletivoemfrente, sediado em Taboão da Serra, protocolou um pedido de remoção de faixas de natureza política instaladas nas imediações do CEMUR. @okandeko, presidente do coletivo e delegado da 4ª Conferência Nacional de Cultura falou ao kintê notícias que as faixas fazem referência a pré-candidatos a cargos políticos na cidade.

“São duas faixas em frente ao CEMUR, uma delas exaltando a emenda para construção do teatro e a outra eu não consigo me lembrar de qual pré-candidato era, mas está em frente ao equipamento. A pior das ações é a fixação da faixa em frente ao letreiro do CEMUR”, conta.

Neste mês de abril, o coletivo promove o projeto “VOGUE EM FRENTE”, que pretende ensinar a arte da cultura Ballroom em 8 encontros semanais que começaram ontem, segunda-feira. “É importante ressaltar que o CEMUR receberá visitantes de diversos territórios … no primeiro dia de aula, registramos a ocorrência de um pequeno grupo que passou diretamente pelo local devido à obstrução causada pelas faixas”.

Deko afirma ainda que o coletivo investiu tempo e dinheiro na produção de uma peça publicitária e que houve preocupação por parte da equipe em evidenciar o local exato das atividades e que quem utilizou o vídeo como referência logística foi prejudicado.

A faixa mencionada pelo coletivo se refere à divulgação de uma emenda parlamentar de 3 milhões de reais destinados para a construção do Teatro Municipal, encabeçada pelo Secretário de Desenvolvimento Econômico, Wanderley Bressan. Procurado, Bressan alegou que o objetivo da denúncia não é a faixa em si, mas uma disputa política entre partidos.

“Estão usando o conteúdo da faixa para fazer política (…) a deputada bolsonarista acatou a demanda do povo. É estranho que um ativista LGBTQIA+ tenha problema em ver um secretário também LGBTQ trabalhando em um partido que não é o dele e que por isso ele deslegitima o meu trabalho. A deputada do PL mandou 3 milhões para cultura e os deputados do PSOL?”, disse o secretário por telefone.
Bressan justificou a perseguição eleitoral alegando que, no fim do ano passado, o ativista o procurou no gabinete para pedir emprego alegando que aquele era um momento de união. Wanderley Bressan finalizou a ligação dizendo que seu inimigo é outro e não é um jovem negro LGBTQIA+ morador da cidade.

O Coletivo Em Frente pediu na ação que as faixas sejam retiradas dentro dos próximos seis dias. A denúncia foi feita na sede da Central de Atendimento ao Cidadão, mais conhecida como Atende. O órgão é responsável pelos protocolos de todo e qualquer cidadão do município de Taboão da Serra.

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