Já estamos no Inferno. O genocídio feito em Gaza agora ameaça ao Irã
Texto: Rebeca Motta
Foto: [Omar Al-Qattaa/AFP]
Desde 7 de outubro de 2023, o mundo testemunha com horror o massacre de palestinos na Faixa de Gaza, promovido pelo Estado Sionista e Israel. A operação militar israelense, justificada como resposta aos ataques do Hamas, resultou em um número incalculável de mortos e feridos, destruindo toda a infraestrutura da região e causando uma grande crise humanitária. Israel comete genocídio. Não houve, desde então, força suficiente por parte da ONU, capaz de interromper o crime humanitário
O conflito violento acontece desde antes da criação do Estado de Israel em 1948. Após o Holocausto, a Onu determinou que os judeus que ainda viviam na Europa tivessem um território para que não fossem mais uma minoria vulnerável. O problema, é que ao criar uma pátria para os Israelenses, foram os palestinos que perderam sua referência de Nação, vivendo cerceados e em estado de guerra desde a decisão do órgão Internacional.
Nesta semana, o Estado Sionista atacou a sede do complexo nuclear de armazenamento de mísseis Irãniano. Classificado como um um ataque sem precedentes pela CNN, a ação matou várias das figuras mais poderosas do país e abriu a porta para uma nova e mais perigosa ameaça de guerra, no Oriente Médio.
O Irã, aliado de longa data do Hamas, tem demonstrado sua condenação veemente aos ataques israelenses em Gaza, prometendo uma retaliação proporcional.
Embora não haja confirmação de ataques diretos do Irã a Israel nesta semana, a ameaça de uma escalada regional é palpável. A argumentação militar de ambos os lados aumenta o risco do conflito com implicações devastadoras para a região.
Os Estados Unidos, maior mantenedor e patrocinador do massacre, agora recua. Enquanto os bombardeios aconteciam no Iran, Donald Trump fazia um picnic nos jardins da Casa Branca.
Em Gaza, a situação é catastrófica. Milhares de civis, incluindo mulheres e crianças, foram mortos. Hospitais e infraestruturas essenciais estão destruídos e a população que resta no local está sem acesso à água potável, alimentos e cuidados médicos. Alguns países da comunidade internacional luta para fornecer ajuda humanitária, mas o acesso é extremamente limitado e inviabilizado pela força de Israel.
A comunidade internacional segue dividida em resposta ao conflito. Enquanto Brasil, Irã, Argélia, Afeganistão, Venezuela, Kuwait, Líbano, Líbia, Sudão, Síria, Arábia Saudita, Omã, Iraque, Paquistão, Qatar condenam os ataques israelenses e pedem o fim da violência, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Reino Unido apoiam Israel, citando o direito de autodefesa. A falta de uma resposta eficaz contribui para a contínua escalada do conflito.
A ameaça de uma guerra regional, combinada com a crise humanitária em Gaza, pinta um quadro sombrio: Já estamos no Inferno, pessoas já queimam no fogo dos mísseis lançados contra escolas, hospitais e praças públicas. Mães já deram à luz pelo parto cesárea sem anestesia. Água e comida são jogadas no lixo em vez de alimentar quem também já sente frio. . A necessidade urgente de uma solução pacífica e negociada é inegável. A comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para evitar uma escalada ainda maior do conflito e garantir que as necessidades humanitárias da população de Gaza sejam atendidas.