Renato Freitas propõe candidatura de esquerda “tão radical quanto a direita” em entrevista ao Manhã Brasil

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Renato Freitas propõe candidatura de esquerda “tão radical quanto a direita” em entrevista ao Manhã Brasil

quinta-feira durante entrevista ao programa Manhã Brasil: defendeu que a esquerda lance uma candidatura à presidencia“tão radical quanto a direita” no próximo pleito, ressaltando que Pablo Marçal trouxe uma semiótica ainda mais contundente do que a observada nas campanhas de direita em 2024.

Freitas, reconhecido por sua postura marxista e socialista dentro do PT, afirmou que, diante da aparente consolidação da vitória de Ricardo Nunes (MDB) na Prefeitura de São Paulo em 2024, a esquerda não pode seguir por uma pauta “moderada e conformista”. De acordo com o deputado, “se a direita radical existe, por que a esquerda não se organizaria com a mesma clareza?”, instigou, chamando para uma organização política mais incisiva, com linguagem forte, mobilização de base e candidaturas com discurso transformador — sem medo de serem chamadas radicais .

Freitas relacionou a necessidade com a estratégia de Pablo Marçal (PRTB), cuja candidatura à Prefeitura foi marcada por forte apelo midiático: retórica religiosa, simbolismos diretos e comunicação dramática. O deputado vê nessa estratégia“um alerta para a esquerda entender o que está em jogo” afinal, segundo ele, esse modelo atrai e mobiliza parte relevante da opinião pública .

Na visão de Freitas, a esquerda precisa adotar uma comunicação audiovisual potente, com símbolos populares e narrativas audazes, capazes de disputar o “imaginário político” da mesma maneira que a direita radical faz. Ele sustenta que é exatamente nesse jogo de representação que se decide relevância. 

O projeto freitista, porém, não está isento de críticas internas.Para Freitas, a radicalidade só tem legitimidade se for “ética, coerente e profundamente ligada a movimentos sociais reais”, especialmente nas periferias e entre trabalhadores.

A fala marca um momento de transição: enquanto a direita investe em figuras midiáticas com forte apelo visual e retórico  como Marçal, Nikolas Ferreira, Rodrigo Manga, entre outros, Freitas defende que a esquerda fortaleça sua própria marca radical, concorrendo no mesmo campo de disputa simbólica.

A visão de Freitas sugere que, se a esquerda não redobrar sua ousadia e presença narrativa  e não oferecer candidaturas verdadeiramente contundentes, ela poderá continuar na corda bamba do jogo  político, numa das eleições mais disputadas que polarizadas. O teste eleitoral de 2024, segundo ele, provou que quem domina a narrativa visual e emocional derrota quem aposta apenas no equilíbrio institucional.

EDITORA-CHEFE / REPÓRTER: Formada em jornalismo pela Universidade Paulista, possui 8 anos de experiência com jornalismo periférico e independente, com passagens pelo Estadão Expresso Na Perifa, Agência Mural de Jornalismo, Programa Eli Corrêa, Revista Fórum, Você Repórter da Periferia entre outros.

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